O Sindicato dos Médicos do Piauí, por meio da Comissão Brasileira de Hierarquização de Procedimentos Médicos do Piauí – CBHPM/PI, tem se mobilizado contra os constantes atrasos referentes aos pagamentos do Instituto da Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Estado do Piauí – IASPI/PLAMTA, antigo IAPEP Saúde. Segundo a categoria médica, os atrasos nos repasses chegam até cinco meses. Segundo Valrian Campos Feitosa, Presidente da CHBPM/PI, ao longo dos anos, vários acordos foram feitos com a categoria, mas não estão sendo cumpridos. Incluindo o não cumprimento do aumento do valor dos procedimentos médicos, que estão bastante defasados.    Valrian Feitosa ainda completa sobre outra pauta de reivindicação da categoria que é sobre as glosas. Isso acontece quando o IASPI/PLAMTA autoriza o procedimento, mas não efetua o pagamento do mesmo. Por consequência, o SIMEPI está acionando a justiça para reivindicar a correção deste ato ilegal. “Imagine o médico trabalhar, eles autorizam fazer o procedimento e quando for para receber foi glosado. Sem contar que o médico não recebe justificativa para tal, fora a burocracia. Desta forma teremos que parar”, enfatizou o Presidente.   Além disso, a categoria também questiona a atualização de um novo software de atendimento que deverá ser custeado pelos próprios médicos. “Para o médico poder atender no IAPEP ele precisa dessa plataforma. Nesse caso, a entidade está cobrando o valor de R$ 1.100 para implantação. É um absurdo, pois em outros planos de saúde é a própria operadora que fornece o sistema para o médico. Nós fizemos um acordo e ficou decido que o valor seria reduzido para R$ 60, mas não estão cumprindo”, ressaltou Samuel Rêgo, presidente do SIMEPI.   Para Lúcia Santos, Diretora do SIMEPI e da Federação Nacional dos Médicos - FENAM, o IAPEP/PLAMTA há muito tempo está funcionando somente pela responsabilidade do médico em manter o atendimento. “Na verdade, os médicos não estão recebendo. Recentemente, no último mês, o relatório online apagou todos os procedimentos que os médicos fizeram. Nós chamamos os usurários para que tomem uma iniciativa junto com os médicos frente ao IAPEP/PLAMTA, para que isso seja corrigido o mais rápido possível, pois o desconto é feito no contracheque dos funcionários, mas para onde está indo esse dinheiro é o que perguntamos, a situação está insustentável. Sabemos que o plano de saúde para os funcionários do estado é um direito adquirido há muito tempo. Nós médicos queremos prestar um serviço adequado, mas estamos em uma situação muito difícil”, enfatizou a Diretora.   Recentemente, o Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Casas de Saúde e Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas do Estado do Piauí (SINDHOSPI) também promoveu uma paralisação por descontentamento relativo aos baixos valores que estavam sendo praticado pelo IAPEP/PLAMTA. Consultas, exames e cirurgias eletivas haviam sido suspensos devido ao atraso no pagamento do Governo do Estado. A suspensão durou 20 dias.