Um dos temas mais em voga atualmente no que diz respeito à saúde pública é a implantação do Cartão SUS, capaz de armazenar todas as informações do paciente. Mas, certamente, a maior vantagem para o Piauí é que o Cartão SUS contribuirá para o funcionamento dos consórcios intermunicipais de saúde. Por esta razão, a implantação desse sistema é mais uma luta do Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí, que reivindica engajamento dos políticos para que seja efetivado o sistema.

A vice-presidente da entidade, Drª Lúcia Santos, afirma que o Cartão SUS é de fundamental importância para o estado. "Os nossos representantes, principalmente os deputados, devem estar empenhados para que isso aconteça, porque vivemos uma situação ímpar, já que o sistema público de saúde do Piauí recebe pacientes do Norte, Nordeste e até do Centro-Oeste. Além de ser um estado pobre, ainda tem que dividir o recurso, que já é pouco, com outros estados. Com o cartão, vamos receber por esses atendimentos, seja de onde for o paciente", explica.

O Piauí destina mais de R$ 1,2 milhão com pacientes oriundos do Maranhão, mas o estado vizinho repassa apenas R$ 400 mil. No entanto, a sobrecarga é ainda maior, já que cerca de 26,8% dos pacientes atendidos no Hospital Getúlio Vargas são provenientes de outros estados, que respondem por 40% dos gastos do orçamento do HGV.

O Cartão SUS é um dispositivo de armazenamento que se assemelha a um cartão de crédito, responsável pela padronização de dados municipais, estaduais e nacionais dos usuários, além da identificação de pacientes que têm seguro saúde privado e recebem atendimento SUS, fazendo com que desonere o sistema.

"O Cartão SUS também será um grande aliado do médico à medida que registra todo o histórico do paciente, desde atendimentos anteriores, até medicações em uso ou contra-indicada, exames anteriormente pedidos e diagnósticos pregressos", ressalta Lúcia Santos.