A diretoria do Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí (SIMEPI), após o comunicado sobre a paralisação dos atendimentos eletivos realizados pelos médicos servidores do Estado, que acontecerá nos dias 4, 5 e 6 de julho de 2017, concedeu entrevistas a veículos de comunicação com o propósito de esclarecer a decisão relativo à pausa das atividades. Com isso, também esteve reunida na sede, junto à sua assessoria jurídica, para discutir sobre as providências a serem tomadas a respeito do corte arbitrário no salário dos médicos.

  Durante todo o dia, o presidente do SIMEPI, Samuel Rêgo e Lúcia Santos, diretora do SIMEPI e da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), frisaram em suas entrevistas que o questionamento do sindicato é a forma de como essa implantação está sendo feita, desorganizada e trazendo prejuízo para os médicos e profissionais da saúde, e consequentemente para o usuário.     A indignação da categoria médica é pela falta de respeito com os profissionais, com a real situação de caos na saúde pública do estado.       PARALISAÇÃO DOS MÉDICOS DO ESTADO O Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí (SIMEPI) informa que, devido ao corte arbitrário dos salários, os médicos servidores públicos do Estado irão PARALISAR as atividades de 4 a 6 de julho. A fim de resguardar o direito à vida, os atendimentos de urgência e emergência serão mantidos.   Esse corte no salário trata-se de uma retenção dolosa de salário, o que configura um grave abuso de autoridade e improbidade administrativa por parte dos secretários de administração e saúde. O corte foi tão arbitrário que atingiu servidores de férias, mesmo os estes tendo comprovado o trabalho durante todo o mês, através de folhas de frequência, fichas de atendimento e de procedimentos, foram feitos os cortes.    Ademais, foram cortados exatos 10 dias de trabalho dos servidores, demonstrando claramente que se trata de uma medida subjetiva e persecutória.   A aferição do trabalho médico através de metas, é acordo previamente estabelecido com as secretarias de administração e saúde, formalizado pela portaria SESAPI/GAB n.138/2011, justamente por conta de especificidades do trabalho médico que inviabilizam a aplicação de ponto eletrônico. Especificidades essas, similares as que justificam a não obrigatoriedade de ponto eletrônico para procuradores, defensores e promotores.   Nesse sentido e em resposta ao corte de salários, a classe decidiu pela paralisação dos atendimentos eletivos, consultas e procedimentos, nos dias 04, 05 e 06 de julho, com concentração às 7 horas do dia 04, terça-feira, no Ambulatório Azul do Hospital Getúlio Vargas. Uma Assembleia Geral está marcada para o último dia de paralisação, dia 06, quinta-feira, às 19 horas, no SIMEPI, para avaliar novos rumos e providências a serem tomadas.   ASSEMBLEIA GERAL O Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí (SIMEPI) convoca a toda categoria para uma Assembleia Geral, que acontecerá no dia 6 de julho, às 19h, na sede do sindicato para debater os rumos a serem tomados em resposta às ações que estão sendo feitas aos profissionais. Vale ressaltar que todas as medidas cabíveis estão sendo tomadas a fim de solucionar esses problemas o mais rápido possível.