O Sindicato dos Médicos do Estado Piauí - SIMEPI se manifestou contra o concurso público da cidade de Piracuruca que fixava o salário em R$ 1060,00 reais para 40h

O edital para seleção de médico lançado pela Prefeitura de Piracuruca para o cargo oferecia piso salarial abaixo do praticado pelo governo do Estado em carreira própria de médico. O Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí vendo o descaso e a desvalorização, se manifestou contra o certame. A força do movimento e a disparidade com a lei federal n° 3.999/19 levaram o promotor de justiça, Ricardo de Almeida Prado Filho, a emitir a recomendação de suspensão do seletivo.

“O salário para médico tem que obedecer o piso praticado pelo governo do estado do Piauí em vigor, como também buscar referência no piso salarial da categoria determinado pela Federação Nacional dos Médicos/FENAM, que é de 13.847,93 por 20 horas. Essa prática de baixos salários é muito utilizada por prefeituras de cidades do interior, em todo o Brasil, pois assim, o médico não podendo se submeter a um concurso onde não vai puder honrar o compromisso, a vaga fica aberta para ser preenchida por indicação política e ao haver uma fiscalização, o prefeito imediatamente coloca a culpa no médico, dizendo que o mesmo não cumpre a carga horária, sabendo o prefeito que fez acordo prévio de pagar salário para o médico vir trabalhar um ou dois dias”, afirmou Lúcia Santos, Diretora do Sindicatos dos Médicos e Diretora da Federação Nacional dos Médicos - FENAM. 

O Prefeito de Piracuruca, Raimundo Alves Filho, deve agora adotar medidas para que a remuneração dos médicos esteja em consonância com o piso salarial previsto pela lei, assim como foi pleiteado pelo Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí, que se mostra atuante no que tange às lutas por melhorias da classe trabalhista. A luta salarial tem sido pauta frequente do Sindicato.