Médicos paralisaram os atendimentos hoje (17) em todos os hospitais do Estado por não haver resposta do Governo e, na oportunidade, estiveram concentrados na Maternidade Dona Evangelina Rosa durante esta manhã. A categoria reivindica a implantação de um ponto eletrônico ilegal por parte da Secretaria de Administração, que não respeita as leis trabalhistas e nem as especificidades do trabalho médico, a luta pelo piso salarial FENAM, realização de novos concursos públicos, melhores condições de trabalho e respeito à classe.   Para Samuel Rêgo, presidente do Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí (SIMEPI), é preciso dialogar para que sejam debatidas as problemáticas apresentadas pela categoria. “Aguardamos o Governador se manifestar sobre o movimento que vem sendo realizado. Estamos na segunda paralisação e, caso não haja um canal de comunicação, há a possibilidade de outras paralisações. Estamos abertos ao diálogo, pois acreditamos que este seja o melhor caminho para encontrarmos soluções para a saúde do Estado”, comenta.     O presidente ainda enfatiza a importância da realização de novos concursos públicos, para que se evite um caos na saúde pública do Estado, pois existe a possibilidade de alguns serviços serem fechados caso não haja contratação urgente de profissionais.    Os médicos já cumprem o ponto há muito tempo e o SIMEPI deixa claro que não é contra a implantação do ponto eletrônico, mas ressalta a importância de que essa aferição seja feita de uma maneira correta e que respeite as especificidades do trabalho médico.   Em assembleia geral, que acontecerá hoje (17) às 19h, na sede do SIMEPI, os médicos irão se reunir para avaliar e decidir o futuro do movimento. Mas a categoria está decidida a não abrir mão do que vem sendo reivindicado e o movimento pode perdurar por um bom tempo.   “Os médicos sempre trabalharam em situação sobrecarregada, trabalhando por dois ou mais profissionais, pois faltam especialistas em todas as áreas, além de condições precárias de trabalho. Estamos reivindicando por ser um direito nosso e por termos responsabilidade sobre a vida humana, afinal, não vamos retroceder e nem aceitar que essa precarização perdure ou piore”, conclui Lúcia Santos, diretoria do SIMEPI e da Federação Nacional dos Médicos (FENAM).