O Sindicato dos Médicos do Estado do Pia GVTuí (SIMEPI) promoveu no último sábado (7) o workshop "Desmistificando o Autismo: Tem um autista no meu consultório. E agora?". O evento, que teve como público alvo profissionais e acadêmicos de Medicina, faz parte da programação de ações comemorativas pelo Mês dos Médicos.   O workshop contou com palestras enriquecedoras com a pediatra Dra Rosa Magaly, a neuropediatra Dra. Adriana Cunha e o terapeuta Mateus Brasileiro, que apresentaram a importância do diagnóstico e intervenções precoces do autismo.    O presidente do SIMEPI, Samuel Rego destaca a importância do Sindicato cumprir seu papel social tendo um olhar mais aprofundado para o autismo, que “afeta milhares de crianças com autismo infantil e  que um dia se tornarão adultos autistas. Isso tem um grande impacto tanto na saúde, como na previdência como na sociedade como um todo.  Se essas crianças forem diagnosticadas precocemente e estimuladas de forma precoce elas terão mais chances de ter um desenvolvimento próximo ao normal e assim garantir a autonomia, reduzindo todos esses impactos”.    Segundo a pediatra e psiquiatra infantil  Rosa Magaly, a iniciativa do SIMEPI em discutir o autismo com profissionais de saúde é de suma importância. “O autismo tem um impacto em várias áreas, não só saúde, educação, assistência social ,mas também em áreas do direito e cidadania. Portanto, poder falar do assunto para profissionais de saúde, principalmente para pediatras, que é a primeira especialidade que atende essas crianças e que pode fazer um diagnóstico precoce, é extremamente importante”, destaca.   O workshop focou principalmente no diagnóstico e o que evoluiu nos conceitos sobre autismo nos últimos 20 anos. "Os critérios diagnósticos evoluíram muito. A etiologia e as intervenções, e consequentemente, o prognostico dos indivíduos com autismo melhoraram significativamente”, pontua a Dra. Rosa Magaly.   A neuropediatra Adriana Cunha ressalta que é necessário divulgar e aprender mais sobre as dificuldades desta temática. “O autismo é um problema endêmico e uma grande quantidade de pessoas são afetadas no Brasil, em torno de 1% da população , que é uma incidência bastante alta. Dessa forma, enquanto mais precocemente identificarmos os sinais e conseguirmos firmar um diagnóstico, menos serão os impactos negativos relacionados aos transtornos do espectro autista.