Dando continuidade às fiscalizações nos hospitais municipais de Teresina, a diretoria do Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí (SIMEPI), junto com a Assessoria Jurídica, estiveram nas dependências da Rede de Sistema de Saúde do bairro Promorar, que inclui o Hospital Geral, maternidade e a Unidade de Pronto Atendimento Dr. Luiz Nódgi Nogueira Filho, que funciona como anexo do hospital.

Foi constatado que os médicos estão trabalhando com sobrecarga e excesso de trabalho, pois a quantidade de médicos eletivos não consegue atender a grande necessidade, provando a necessidade da realização de concurso público urgente.

Apesar de uma recente reforma, constatou-se que o local já apresenta muitas infiltrações em sua estrutura, além de mofos e uma área de repouso médico sem o mínimo necessário para o descanso destes profissionais.

PARALISAÇÃO DE ADVERTÊNCIA

Por conta das crescentes denúncias recebidas pelo Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí (SIMEPI), feitas pelos médicos servidores públicos da Prefeitura de Teresina, o Sindicato vem realizando uma série de fiscalizações e produzindo relatórios das más condições de trabalho que os profissionais médicos vem se submetendo. Entretanto, o SIMEPI ainda não teve retorno dos gestores competentes e realizou, no último dia 2 de maio, uma paralisação de advertência nos hospitais municipais, resguardando apenas os casos de urgência e emergência.

“Devido a inúmeras irregularidades que constatamos na saúde pública municipal, que também está ligada à saúde pública do Estado por receber pacientes de todo o interior do Piauí, em assembleia, os médicos servidores públicos resolveram realizar uma paralisação de advertência. Existe uma demanda muito grande para poucos profissionais, há uma necessidade da realização de concurso público, nossa carreira médica não é obedecida, estamos há três anos sem aumento. Além da falta de segurança e estrutura nos locais de trabalho”, comenta Lúcia Santos, diretora do SIMEPI.

A categoria irá se reunir em uma nova Assembleia Extraordinária na próxima terça-feira (8), na sede do SIMEPI, para avaliar a paralisação e os novos rumos do movimento.