Mesmo que o poder público tenha deixado apenas a quadra que está situada a sede do Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí sem o fornecimento de energia elétrica, das 14h de ontem (07) até à noite, no horário em que aconteceria a Assembleia Geral da categoria, os médicos servidores públicos de Teresina compareceram e se reuniram para debater o resultado da última paralisação e as pautas do dia.

Seguindo o Estatuto da entidade médica, os profissionais presentes votaram e decidiram, por unanimidade, realizar uma nova paralisação de advertência no dia 13 de junho de 2018 (quarta-feira), onde serão suspensos os atendimentos e procedimentos, salvo os casos de urgência e emergência, em todos os hospitais e Unidades Básicas de Saúde do município de Teresina.

Esta será a quinta paralisação de advertência que os médicos realizam desde o mês de maio, porque a Prefeitura de Teresina se nega a abrir um canal de diálogo com o Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí e a encontrar soluções para o que os médicos reivindicam.

O SIMEPI vem recebendo denúncias de todos os profissionais, que abrangem da falta de segurança nos locais de trabalho até medicamentos básicos e essenciais para o tratamento dos pacientes, o que ocasionou uma série de fiscalizações nos hospitais municipais, comprovando in loco o teor de tudo que os profissionais relataram.

Entre as reivindicações, a classe médica luta por aumento na carreira médica, melhores condições de trabalho nos hospitais de Teresina e a resolutividade de ilegalidades que vêm sendo cometidas contra os profissionais da Fundação Municipal de Saúde.

Na quinta-feira, dia 14 de junho, os médicos realizarão uma nova Assembleia Geral Extraordinária na sede do Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí, às 20h, para analisar e decidir o novo rumo do movimento.

Câmara Municipal de Teresina irá tomar providências

O Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí esteve na manhã do dia 07 em reunião com os vereadores que compõem a mesa diretora da Câmara Municipal de Teresina, através de uma convocação do vereador Edilberto Borges, o Dudu (PT), para discutir a paralisação dos médicos servidores do município.

Após ouvir as reivindicações da categoria e a realidade de trabalho destes profissionais, Jeová Alencar, presidente da Câmara, garantiu que irá acionar a Procuradoria da CMT, junto com o Ministério Público Federal da Saúde, AO e parceiros para unir forças e encontrar uma solução aos problemas apresentados.