O Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí (SIMEPI) vem alertando há muito tempo a situação caótica em que se encontra a saúde pública do estado à atual gestão do Governo. A categoria está realizando paralisação de advertência de quatro dias (16, 17, 18 e 19/07), após a negativa por parte do Estado, durante reunião na Secretaria Estadual de Administração e Previdência (Seadprev), no dia 10 de julho. A decisão foi tomada por votação unânime dos médicos em Assembleia Geral Extraordinária, no último dia 11 de julho.

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Registro da reunião com o secretário Merlong Solano e representantes da SESAPI (Foto: Ascom SIMEPI)

“A paralisação para a população já acontece todos os dias com a falta de medicamentos, profissionais e estruturas dignas de trabalho, não têm médicos suficientes para uma demanda que só vem aumentando, prestadores de serviços estão abandonando seus plantões por atraso no pagamento dos salários, chegando a passarem cinco meses sem receberem. Essa situação é angustiante para os médicos que visam uma saúde digna para todos”, comenta Samuel Rêgo, presidente do SIMEPI.

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As fiscalizações e denúncias levantadas pelo Sindicatos dos Médicos ocasionaram em processos de ação civil pública no Ministério Público do Estado do Piauí contra a Secretaria Estadual de Saúde (SESAPI) pela precariedade que se encontra em cidades, como por exemplo em Picos, Corrente e São Raimundo Nonato.

“No ritmo em que está, mesmo com todos os alertas feitos pelo SIMEPI para tentar recuperar a saúde do Piauí e se o Estado não se atentar para esses problemas, estaremos virando notícia nacional em pouco tempo por conta das mortes nos leitos dos hospitais da capital e do interior. Pessoas estão morrendo por causa disso e os médicos não conseguem salvar as vidas da população. O Estado se julgou incompetente para solucionar os problemas mesmo diante do movimento, clamor dos médicos e de todas as notícias catastróficas envolvendo a saúde”, enfatiza Samuel Rêgo.

“As Assembleias realizadas pela entidade concentraram médicos de todas as especialidades, onde cada vertente tem sua queixa, seu desânimo e sua revolta. Afinal de contas, a quem recorrer, Senhor Governador. Saúde é prioridade e temos que ter respostas”, conclui Samuel Rêgo.