Após o Plano de Saúde do Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Teresina (IPMT) credenciar um único serviço, no qual usuários do mesmo possam ter acesso a apenas um local para tratamentos e assistência, o Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí (SIMEPI) alerta a população e profissionais sobre a verticalização da saúde e o cerceamento do direito de escolha do paciente e desvantagens para a categoria.

A verticalização da saúde é um processo que tem se intensificado, principalmente, depois dos anos 90, quando os planos de saúde começaram a adquirir suas redes próprias.  Uma vez que os planos fazem suas próprias redes e entendem sobre custos, os mesmos que são detentores de rede própria, passam a limitar a autonomia dos médicos e esses profissionais passam a ser apenas assalariados da rede e isso gera uma grande preocupação para a categoria. Além disso, muitos pacientes ficam sem a liberdade de escolha por ter esse serviço centralizado.

Para os médicos, essa verticalização ameaça o mercado de trabalho, já que as operadoras passam a ter controle muito maior sobre os prestadores de serviço.  Dr. Valrian Feitosa, diretor do SIMEPI, pontua a preocupação da categoria e a desvantagem desse sistema. ``O SIMEPI vê com muita preocupação, pois, com a desculpa de querer reduzir custos, percebemos que o paciente está saindo prejudicado e também nós, médicos, nessa relação de trabalho. Por ela ser extremamente desfavorável, muitos profissionais da medicina não estão conseguindo manter os custos devido os baixos valores aplicados pelos planos de saúde``. 

Com um direcionamento descentralizado se tem a autonomia dos profissionais, liberdade de escolha de ambas as partes e a segurança de assistência e tratamentos qualificados. E isso é uma das lutas que o Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí defende. Afinal, não contamos com uma regulação da Agência Nacional de Saúde (ANS) na relação prestador e operadora, além de não haver um padrão de qualidade para essas verticalizações.