Em 2007, o Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí, juntamente com o Conselho Regional de Medicina e a Associação Piauiense de Medicina, deram início a um grande projeto social no bairro Porenquanto. O marco inicial foi a realização de uma missa na paróquia São Lucas, no dia 16 de dezembro, após a qual foram distribuídos presentes e lanches às crianças da comunidade.

Através da iniciativa, as 30 famílias mais carentes do bairro devem ser beneficiadas com assistência médica gratuita, dentre outros benefícios, como cursos profissionalizantes. A assistente social que coordena o projeto, Ruth Maria Franco Costa, afirma que a população local é constituída por um núcleo de pescadores, que residem às margens do rio Poti, cujas famílias possuem baixo nível de escolaridade, restringindo a atuação dos jovens e adultos à pesca e profissões que não requerem formação. "A maioria das famílias sobrevive com um salário mínimo, vivendo abaixo da linha da pobreza", explica.

O projeto prevê o desenvolvimento de atividades lúdicas e sócio-educativas, ações de capacitação profissional e de resgate aos vínculos familiares. As atividades serão promovidas no Centro Social Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, localizado na Rua Jacob Almendra, nº 885, através do trabalho de uma equipe multidisciplinar voluntária formada por médicos, assistentes sociais, psicólogos e nutricionistas.

"Esse é um bairro pobre em que as pessoas são privadas de muitas condições essenciais. A maioria não tem dinheiro para comprar remédios nem em casos de extrema necessidade, por isso posso dizer que esse projeto é uma benção de Deus porque vai poder ajudar muitas pessoas", afirmou o padre Emanuel Matos, responsável pela paróquia do bairro.

O Sindicato também solicitou um levantamento das maiores carências ao Programa Saúde da Família daquela área para que as entidades médicas possam atuar como parceiras do PSF. "Não é nossa intenção comprometer qualquer trabalho que já venha sendo feito na área, queremos somar esforços junto ao PSF e não desenvolver uma ação paralela e isolada", declarou a vice-presidente do SIMEPI, Lúcia Santos.