A decisão foi tomada em Assembléia Geral na noite do dia 27. Os mais de 1.500 médicos vinculados à Secretaria Estadual de Saúde cruzam os braços na próxima terça-feira (2). A greve tem tempo determinado e só deve acabar à meia noite de quinta-feira (4). A paralisação também atinge o Hospital de Urgência de Teresina, onde trabalham médicos cedidos pelo Hospital Getúlio Vargas.

 

“O governador diz que a greve é um desrespeito para com a população, mas desrespeito mesmo é ele passar quase três anos negociando um Plano de Carreira Médica e depois só nos comunicar que não vai cumprir a lei. Nós não queremos aumento salarial, queremos apenas que ele cumpra o que está na lei”.

 

De acordo com a Lei Complementar nº 90, de 26 de outubro de 2007, toda a categoria deveria ser enquadrada no Plano de Carreira Médica em três etapas. A última fase estava prevista para este mês de maio, quando seriam enquadrados os médicos com menos de 30 anos de serviços e pensionistas.

 

Além dos médicos, policiais civis, militares, fazendários e bombeiros tiveram seus planos prejudicados. As entidades que representam essas categorias dizem que o Governo está usando um drama social, que são as enchentes, para tomar a decisão autoritária. Os fazendários garantem que a crise não é motivo para descumprir a lei, uma vez que a arrecadação do Piauí cresceu 11,5% esse ano, mostrando que o estado foi um dos menos atingidos economicamente.