Médicos de São Paulo foram às ruas hoje (29) para tornar pública a campanha nacional em defesa do trabalho no Sistema Único de Saúde (SUS) e pela melhoria e integralidade do atendimento de saúde à população. Logo após uma entrevista coletiva na sede da Associação Médica Brasileira, eles saíram em passeata inicialmente até o prédio da Gazeta, na Avenida Paulista.


O protesto faz parte do Fórum Nacional em Defesa do Trabalho Médico no SUS, que está sendo organizado por entidades paulistas e pela Comissão Nacional Pró-SUS (Conselho Federal de Medicina, Associação Médica Brasileira e Federação Nacional dos Médicos).


Um dos objetivos é chamar a atenção da opinião pública para reivindicações como a criação de um Plano de Carreira, Cargos e Vencimentos específico para os médicos – nos âmbitos federal, estadual e municipal – de forma que esses profissionais não precisem acumular vários empregos para sobreviver, podendo, assim, dedicar mais tempo ao sistema público, fortalecendo a relação com os pacientes.


Outra importante reivindicação é a aprovação de um salário mínimo do profissional médico por 20 horas semanais, para os contratados da rede pública.


Os médicos defendem ainda a implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) no sistema público de saúde. A CBHPM garantirá à população o acesso ao que há de mais moderno e eficaz em tratamento, diagnóstico e prevenção.


Segundo o representante do CFM e coordenador da Comissão Nacional Pró-SUS, Geraldo Guedes, a intenção é que o evento se imponha como uma mobilização pública representativa, com repercussão junto às autoridades e à sociedade.