“Enquanto o Governo do Estado está tentando construir um diálogo para chegar a uma negociação, a Prefeitura de Teresina faz terrorismo com os médicos, corta ponto e ameaça retirar gratificações. Essa atitude não tem outro nome a não ser coação”. A declaração indignada é do presidente do Sindicato dos Médicos, Leonardo Eulálio.

 
De acordo com Eulálio, a secretária de Administração, Regina Sousa, reconheceu que o piso salarial do médico pago pelo Estado é baixo e fez o compromisso de analisar a proposta, ao contrário do presidente da Fundação Municipal de Saúde, Firmino Filho, que se mostrou completamente fechado à negociação.

 
A vice-presidente do SIMEPI, Lúcia Santos contesta a declaração do presidente da FMS, quando Firmino Filho afirma que o médico do PSF recebe 4 mil reais mensais. “O vencimento base dos médicos da família é de R$ 1.294,43, mais gratificação. Queremos um salário digno e não gratificações que são retiradas do médico em forma de retaliação, como o prefeito quer fazer agora. Inviável é o médico oferecer um serviço de qualidade com um piso de pouco mais de mil reais”, explica.

 
Quanto à denúncia de que a Prefeitura de Teresina não havia sido notificada sobre a paralisação de 72 horas, a assessora jurídica do SIMEPI afirma que a Prefeitura de Teresina estava ciente de quando o atendimento seria suspenso, pois anexou texto sobre a paralisação na ação que moveu contra o Sindicato. “O documento foi anexado à ação no dia 04 de dezembro e, portanto, o Município estava ciente da intenção dos médicos”, explica Lílian Ribeiro.