O Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí recorreu à Procuradoria Regional do Trabalho – 22ª REGIÃO para buscar resguardo contra as agressões físicas e morais sofridas diariamente na rede pública de saúde. Em audiência realizada nesta segunda-feira (28), a assessoria jurídica do SIMEPI afirmou que são constantes as denúncias de agressão, tanto nos hospitais municipais quanto estaduais. De acordo com o pediatra Renato Soares Leal, membro do Conselho Fiscal do Sindicado dos Médicos, o que propicia as agressões é a falta de profissionais em quantidade suficiente para atender a demanda da população. “A pessoa que está com o filho doente no hospital não entende por que o atendimento é demorado. Na verdade, médico e paciente são vítimas da precariedade do sistema”, afirma. O médico lembra que diante do agravamento dos casos de dengue e outras viroses sazonais, como a meningite, o número de pacientes aumenta consideravelmente sem que aja uma contrapartida da Prefeitura e do Governo do Estado. Além disso, os médicos denunciam a falta de segurança nos hospitais estaduais e municipais de Teresina, que deixam o profissional de saúde completamente indefeso diante de manifestações de indignação da população. “São muito comuns as agressões por parte dos pacientes, que na maioria das vezes não chegam a bater no médico, mas xingam e destratam o profissional. Até porque, muitos desses pacientes já estão vindo de outras unidades de saúde, onde não há médicos por falta de uma solução da Fundação Municipal. De acordo com o assessor jurídico do SIMEPI, Dr. Cleiton Loiola, a denúncia foi direcionada ao Ministério Público para ser formulada e determinada a adoção das medidas cabíveis. A assessoria foi colocada à disposição de médicos que passarem por situações semelhantes através do telefone 3221-5624.