Com o intuito de chamar a atenção da população para o problema das drogas, especialmente o crack, no Piauí, o governo do Estado junto com a Câmara de enfrentamento ao crack e outras drogas organizaram uma caminhada que envolveu todos os setores da sociedade civil. O Sindicato dos Médicos do Piauí, a Associação Piauiense de Medicina e o Conselho Regional de Medicina estiveram presentes ao evento, apoiando a luta contra esse terrível mal que vem causando danos imensuráveis à vida de milhões de pessoas.

A concentração teve início às 08:00 horas da manhã no Palácio de Karnak. De lá, os cerca de 12 mil participantes seguiram para a Assembleia Legislativa do Piauí, onde após o discurso do governador Wilson Martins, houve a apresentação de grupos de música e dança.

Dr. Samuel Rêgo, membro da diretoria do Simepi e integrante da Câmara de enfrentamento ao crack e outras drogas ressaltou a importância de manifestações como essa para alertar à população sobre os malefícios das drogas. “ A caminhada é o primeiro passo para mudar essa triste realidade, já que através dela há a mobilização da sociedade e dos meios de comunicação. Com a população informada podemos somar esforços em torno da causa e ajudar a milhares de pessoas, não só os dependentes como suas famílias.”, destacou o psiquiatra.

Ao falar do efeito devastador do crack o governador Wilson Martins contou a história de uma senhora que perdeu o filho para as drogas. Ao tentar confortá-la, o governador foi surpreendido pela serenidade da mulher que afirmava estar aliviada por saber que agora o filho estava em paz e não poderia mais fazer mal a ele mesmo, a ela e às outras pessoas.

Além de danos físicos como danos ao cérebro, enfartes, hemorragias, lesões nos pulmões, intestinos, estômago, rins e fígado, degeneração dos músculos e ossos e aumento da pressão arterial, o crack provoca o isolamento do indivíduo, a desestruturação familiar, o aumento da criminalidade e a prostituição, já que muitas vezes o dependente químico infringe a lei para conseguir saciar seu vício.

Uma nova mobilização está marcada para o mês de maio e promete agregar ainda mais pessoas em torno da causa.