“A redução no número de atendimentos ambulatoriais, internações, exames complementares e cirurgias do Hospital Getúlio Vargas se deu em função do fechamento do Pronto Socorro do Hospital Getulio Vargas, que funcionava como uma grande porta de entrada e não em função da incorporação da produtividade aos salários dos médicos como afirmou o Deputado Firmino Filho.”, é o que relata a presidente do Sindicato dos Médicos Lúcia Santos.

   O Hospital Getúlio Vargas passou a atender apenas alta complexidade, mudando radicalmente sua posição na rede de saúde, o que também contribuiu para a redução deste número. Além disso, a nova regulação de marcação de consultas pela Fundação Municipal de Saúde implantada na gestão do deputado Firmino a frente desta Fundação, findou a marcação direta pelos usuários e burocratizou ainda mais o acesso ao Hospital.   Em virtude deste remanejamento na rede de saúde de Teresina, a atenção básica  e média complexidade passaram a ser atendidos pelo Programa de Saúde da Família (PSF) e hospitais do Município de Teresina, o que resultou em uma diminuição na produtividade no HGV e aumento da mesma no município.    As informações podem ser comprovadas em tabela que faz parte do estudo de mestrado da economista Ana Célia de Sousa Aguiar dos Santos, que efetuou a pesquisa no Hospital Getulio Vargas.   Importante ressaltar que a redução ocorreu em 2008, acentuando-se em 2009, sendo que a inclusão da produtividade no vencimento dos médicos somente ocorreu em janeiro de 2010, quando houve alteração na Lei 90, que trata da carreira médica. Também concorreu para a redução a quantidade de leitos indisponíveis devido a reforma que acontece naquele hospital há anos.   Para que a produtividade volte a aumentar no Hospital Getúlio Vargas é necessário o retorno da marcação de consultas, exames, internações e cirurgias para o próprio HGV, lembrando que ainda assim vai persistir uma redução, devido o não atendimento da atenção básica e média complexidade pelo Hospital.   As entidades médicas fazem ainda um alerta aos gestores. “Estamos apreensivas pelo risco que correm o Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela e a maternidade Dona Evangelina Rosa de sofrer também redução nas suas produtividades, pois as direções destes hospitais anunciaram que a marcação passará a ser de forma indireta e não pela procura espontânea e direta, segundo as necessidades da população”, relata a presidente do SIMEPI.   A categoria médica coloca-se a disposição da população  e torce esperançosa para a volta do funcionamento integral do Hospital Getúlio Vargas.