As Entidades Médicas, frente o discurso do Governo do Estado do Piauí, vem a público esclarecer:

 

•    O aumento de 61,81%  alardeado pelo gestor  é inexistente. O que de fato ocorreu foi a incorporação da gratificação ao vencimento dos profissionais, parcelada em quatro três etapas, sendo a última implantada em agosto de 2011, negociadas ainda pelo governo anterior. 

•    Durante os dois anos de implantação as quatro etapas, os médicos não tiveram qualquer reajuste, nem mesmo a reposição inflacionária do período.

•    Apenas em janeiro de 2012 ele concedeu o reajuste de 7,1%, com o qual já havia contemplado os demais servidores, ainda em agosto próximo passado, valor este que fica muito aquém das perdas inflacionárias dos últimos dois anos, visto que em 2011 não houve qualquer reajuste.

•    Em relação aos plantões, é mais uma forma de burlar os direitos trabalhistas, trazendo de volta a produtividade extinta, pagando valores fora do vencimento, e que não são incorporados quando da aposentadoria.

Queremos ressaltar que a categoria médica desde setembro passado busca uma via de entendimento, entretanto o Governo do Estado menospreza o diálogo e trata com descaso as nossas reivindicações, faltando com verdade no que tange as condições de trabalho nos diversos hospitais do Estado, são estruturas sucateadas, que não oferecem qualquer resolubilidade, apenas riscos aos profissionais e pacientes.

Em respeito à população, declinamos a realização de paralisação durante as festividades de natal, ano novo e carnaval, optando por um protesto pacifico com a prestação de serviços de diversas especialidades em praça pública, mostrando como deveria funcionar o sistema público de saúde. Na ocasião foi feito um abaixo-assinado e recolhidas em torno de mil assinaturas da população pedindo por uma saúde mais humanizada e de qualidade. O documento foi encaminhado ao governo, e mais uma vez a resposta foi o descaso não apenas com a classe médica, mas para com a população que se utiliza do sistema e é sua maior vítima.

Por outro lado, a Fundação Municipal de Saúde, sensível as reivindicações, e de forma sensata, chamou as entidades médicas para conversar, abrindo desta forma um canal de comunicação que possa culminar em um entendimento.

Queremos deixar claro nossa intenção é apenas e tão somente seguir o caminho  do dialogo, apontando as mazelas existentes na gestão da saúde, e buscando soluções que visem o benefício de nossa população e a valorização do profissional.

 

CRM-PI / SIMEPI / ASPIMED