Na manhã de hoje (8), médicos vinculados à Fundação Municipal de Saúde e Secretaria de Saúde do Estado fizeram nova concentração em frente ao Hospital Lineu Araújo para demonstrar insatisfação à falta de acordo com os gestores. Até o momento a adesão ao movimento é de 100%. Os médicos reivindicam melhores condições nos hospitais públicos, reajuste salarial e o cumprimento da Lei que trata da Progressão da Carreira Médica no Estado. Como não houve acordo com a FMS e categoria ainda não recebeu nenhuma proposta oficial por parte do Governo do Estado no sentido de negociar, a paralisação irá se estender até a próxima terça-feira.  Segundo a presidente do Sindicato dos Médicos, Dra. Lúcia Santos, a postura da secretária da SESAPI, Lilian Martins em afirmar que a reivindicação dos médicos é incoerente e rebate a afirmação de que os médicos receberam um aumento de 61,81% nos últimos dois anos. “Essa luta por reajuste salarial já tem mais de nove anos. Não houve esse aumento, o que aconteceu foi que recebíamos um salário de R$ 1.010 e o restante era fruto de produtividade. Foi essas gratificações que já recebíamos que foram incorporadas ao nosso salário e assim passou no ano passado para R$ 2.769,50, não é um valor reajustado, pois já tínhamos o direito. Os 7,1% que eles dizem ter dado, foi repassado para todos os servidores no ano passado e os médicos só receberam agora em janeiro”, aponta. Ainda de acordo com a Dra. Lúcia Santos, o pedido de reajuste que está sendo feito atualmente é a mesma do ano passado, quando a categoria propôs que o valor fosse reajustado em três vezes, com uma parcela a cada ano. Mas a categoria não obteve nenhuma resposta e por isso a paralisação é uma resposta a falta de entendimento com o Governo.