Do Norte ao Sul do país, médicos, orientados por seus sindicatos de base, se organizam em manifestações públicas contra a MP 568/2012. Editada no dia 14 de maio, a medida interfere na remuneração dos médicos servidores públicos federais e desfigura também a jornada de trabalho daqueles que integram o executivo. Médicos que têm hoje uma jornada de 20h/semanais no serviço público, ao ingressarem na carreira teriam que cumprir 40h/semanais pelo mesmo valor, ou seja, uma redução de 50% na remuneração.    Na rede Facebook, uma CAUSA foi criada em repúdio à MP 568/2012. Participe e convide seus amigos!    Veja as manifestações previstas e as já realizadas nos estados:   Distrito Federal: No dia 05 de junho, está confirmada audiência pública na Câmara dos Deputados. Representantes da FENAM e do CFM estarão presentes na mesa de debate. O evento está marcado para começar às 14h30 e será realizado no Auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados. Para facilitar o acesso, uma vez que é difícil encontrar vagas de estacionamento na região, o SindMédico-DF disponibilizará ônibus partindo da sede (607 Sul, Ed. Metrópolis), a partir das 13h30, e retornando somente no final da audiência. Médicos com vínculo federal e a classe médica em geral são esperados para essa mobilização, que é de interesse de todos.   Na quarta-feira, dia 6, às 19h30, os médicos do Hospital das Forças Armadas (HFA) e do Hospital Universitário de Brasília (HUB) estão convocados para reunião no SindMédico-DF, durante a qual serão definidas as manifestações em Brasília.    Pernambuco: no dia 5 de junho, com ato público, às 09h, no Hospital das Clínicas, médicos da rede federal de Pernambuco paralisam as atividades em protesto contra a Medida Provisória 568, do Governo Federal. Durante assembleia, os profissionais fizeram avaliação do cenário político nacional, definiram a elaboração de uma carta aberta à sociedade, com objetivo de mostrar a insatisfação da categoria sobre a MP 568 e os equívocos do Governo Dilma. Além disso, priorizam um movimento junto aos parlamentares (deputados e senadores) e às redes sociais, deflagração de campanha publicitária e panfletagem nos hospitais das Clínicas, Getúlio Vargas e Barão de Lucena, antes da paralisação do dia 5 de junho.    São Paulo: Médicos do Estado de São Paulo farão uma manifestação de protesto, em 12 de junho, às 10 horas, em frente à Universidade Federal Paulista – Unifesp, contra os artigos da Medida Provisória 568 que alteram a remuneração e podem reduzir em até 50% os salários dos profissionais de medicina ativos e aposentados do serviço público federal.    Minas Gerais: paralisação de 12 horas, no dia 11 de junho (das 7h às 19h) e um ato de protesto na porta da Faculdade de Medicina da UFMG- Av. Alfredo Balena,190- Santa Efigênia, na mesma data.   Bahia: médicos do estado realizarão uma paralisação de 48 horas nos dias 5 e 6 de junho contra a MP/568. Assembleia definirá se a paralisação será por tempo indeterminado.    Ceará No Ceará, a categoria decidiu, ontem, mobilizar o maior número de médicos para as duas audiências públicas que irão ocorrer, uma na Assembleia Legislativa e outra na Câmara Municipal de Fortaleza. As datas das audiências públicas ainda serão divulgadas no site do SIMEC.   Na próxima terça-feira (5 de junho), o presidente do SIMEC, José Maria Pontes e o médico José Franco Magalhães irão à Brasília participar da audiência pública que será realizada na Câmara Federal.   Paraíba: Paralisação no dia 05 de junho e mobilização com panfletagem na orla, das 6h ás 8h. No dia 06, abraço ao Hospital Universitário, às 9hs, junto com outras entidades.    Sergipe Reunião articulada pelo Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe no dia 28, na sede do Sindimed com o deputado federal Mendonça Prado. Já estão agendadas outras reuniões com os demais parlamentares ainda para esta semana, com o mesmo objetivo; agrega-los na luta contra a aprovação da Medida Provisória 568/12.   Rio de Janeiro: Cerca de mil médicos participaram da manifestação promovida pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) e Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, na última terça-feira 29, no Centro do Rio. O ato teve início no pátio do Palácio Capanema, representação do Ministério da Educação (MEC) na cidade, a Av. Graça Aranha. Em seguida, os médicos seguiram em caminhada até o Núcleo do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro (Nerj), na Rua México, e terminaram o protesto nas escadarias do Teatro Municipal.   Paraná: Os médicos do Hospital de Clinicas de Curitiba iniciaram no dia 28 de maio, uma paralisação de quatro dias em protesto à Medida Provisória 568/2012. Um grupo de médicos composto por dirigentes e representantes do Conselho Regional de Medicina (CRM), Associação Médica do Paraná (AMP), do Sindicato dos Médicos do Paraná (Simepar) e de professores/médicos do HC, se reuniram na última terça-feira (29) com o deputado federal Osmar Serraglio para discutir os efeitos da MP 568/2012. O deputado será revisor da MP 568 na Câmara. Na quarta-feira (30) médicos fizeram uma caminhada em Curitiba, protestando contra a MP.   Rio Grande do Sul: O presidente do SIMERS, Paulo de Argollo Mendes, está em contato com os parlamentares, insistindo na importância de derrubar a MP, pelo voto, "esta tentativa de usurpação dos direitos legitimamente adquiridos".    Rio Grande do Norte: Médicos lotados nas unidades federais do Rio Grande do Norte realizaram no dia 28 de maio uma manifestação em frente ao Hospital Onofre Lopes, seguida de caminhada até a Maternidade Januário Cicco, contra a MP 568/12. A manifestação contou com o apoio do Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Educação do Ensino Superior (Sintest), Sindicato dos servidores da administração indireta (Sinai), Sindicato dos trabalhadores em saúde (Sindsaúde) e Sindicato dos Médicos (Sinmed RN), na pessoa do Dr. Geraldo Ferreira, presidente eleito da FENAM. Os médicos, presentes no ato público, denunciam que o governo federal não dialoga com a categoria – os verdadeiros prejudicados com a medida - demonstrando assim, não ter o menor respeito pela classe médica.   Pará: Diretores do Sindicato dos Médicos do Pará foram recebidos em audiência na tarde da última segunda-feira, 28, pelo deputado federal Claudio Puty (PT), que preside a Comissão Mista que analisa a MP 568/2012. O deputado mostrou surpresa diante das explicações dos médicos e disse que irá tentar intermediar uma solução para o problema. Nesta quinta (31), haverá reunião no sindicato ás 19h, para deliberar encaminhamentos que vão de paralisaçâo até greve. No domingo (02) médicos do estado vão estar na Praça da República em ato público, com faixas cartazes, apitos, nariz de palhaço e cartâo vermelho para a presidente da República, Dilma Rousseff.   Santa Catarina: O Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina esclareceu que apoia as manifestações que estão sendo realizadas pela FENAM e demais entidades médicas nacionais. Relatou que o documento está sendo avaliado pela Assessoria Jurídica do Sindicato e uma reunião com os diretores e assessores do SINDPREVIS – entidade a que muitos médicos são filiados, será realizada nos próximos dias.    Piauí: Uma reunião será realizada no dia 18 de junho para definir as ações do movimento contra a MP 568/2012.   Maranhão Assembleia na sede do CRM-MA no dia 05 de junho às 19:00h, com a participação do CRM e SINDMED, para discutir o rumo do movimento médico de acordo com o resultado da audiência. Possibilidade do Hospital Universitário entrar em greve.